Leila Letchacovski/
Fundamentos do SINADI, 190p
ISBN: 978-85-907266-1-6
Editora AMAPAZ.
Gênero: Educação/Terapia
1a Edição – Curitiba,
2018
O SINADI é um sistema educacional
que tem como objetivo o desenvolvimento
integral da criança e a sua integração com
o meio familiar e social onde vive, propiciando-
lhe condições para a manifestação plena do
potencial humano. A criança e o adolescente são
expostos a conhecimentos e experiências através
das quais aprenderão a lidar com todas as
situações e recursos que lhe serão apresentados
na sua vida adulta.
O lema que norteia todas as atividades e o
desenvolvimento do aluno é: “Liberdade com
Responsabilidade”, pois se acredita que quando
induzimos o aluno a assumir a responsabilidade
por seus atos, nele se desenvolve a observação
crítica dos mesmos, evitando, assim, aqueles
que lhe trazem sofrimento. A consciência educacional
é desenvolvida mediante diversas técnicas
terapêuticas, aplicadas em consultório, e
técnicas pedagógicas como: a autocorreção, na
qual o próprio aluno corrige toda a sua produção
após a devida orientação do professor, que
deverá sinalizar quais as questões ou pontos que
devem ser observados.
Usa-se um Ritmo Pedagógico que norteia
todas as atividades1. Ele mantém-se coerente da
pré-escola ao Ensino Fundamental, para que as
crianças não sofram o estresse da imprevisibilidade
e ainda adquiram hábitos de qualidade
de vida e organização de seu tempo. Neste
Ritmo ocorre o estímulo alternado dos cérebros produzindo-lhes o máximo desenvolvimento no
mais curto tempo.
Deguste trechos do livro do seu interesse.
Dos Sete aos Dez Anos
Tronco Pedagógico
O conteúdo pedagógico, neste primeiro ciclo, deverá ser desenvolvido através de Quatro Grandes Projetos, acima citados, que visam a interdisciplinaridade e a apresentar, de forma lúdica e concreta, os conteúdos e o conhecimento abstrato das disciplinas que o estudante cursará na sequência da sua vida estudantil. Segue a descrição resumida desses projetos:
• Revivendo a Nossa História.
• Descobrindo o Nosso Mundo.
• Salvando a Mãe Terra.
• Brincando com a Física.
O projeto Revivendo a Nossa História visa refazer, em nível intelectual, o caminho até aqui traçado pela humanidade, acompanhando o crescimento do intelecto, das civilizações, das ciências, das tecnologias, percebendo as
necessidades que levaram a humanidade à busca do conhecimento.
Este projeto inicia-se na Educação Infantil, quando a criança revive no universo lúdico a Pré-Histórica, a vida nas cavernas, a conquista do alimento, a incerteza da sobrevivência e as rudimentares tecnologias da época, como a usada para produzir fogo; passando por todas as épocas até a Idade Moderna, reconstruindo assim o conhecimento da humanidade passo a
passo. Para tanto, ambientes são criados para reproduzir o período histórico que está sendo estudado/vivenciado.
As crianças visitam uma caverna, reproduzem este ambiente na escola, decoram suas paredes com figuras “rupestres”, pintadas com tinta produzida a partir de materiais como barro e folhas, enfeitam seu ambiente com pedras
pintadas com estas tintas, como faziam nossos ancestrais. Neste brincar: fazer utensílios com argila, traçar desenhos “rupestres”, fazer lanças
com pedras lascadas para caçar, etc., o aluno revive a vida nas cavernas – como o homem pré-histórico se alimentava e como descobriu o fogo, como se comunicava, como eram suas roupas, etc.
As demais etapas da História: antiga, moderna e contemporânea serão vivenciadas com a construção de cabanas, palafitas, castelinhos e novas tecnologias. Em cada período histórico citado acima, a criança acompanhará o surgimento das tecnologias e descobertas, refazendo o progresso da humanidade como participante e não como espectador. Para atingir este objetivo, propomos situações/problema onde a criança encara, de fato, as situações e carências das pessoas da época apresentada.
Este projeto, quando da descoberta da linguagem e da escrita, da contagem (a História da Matemática) e das demais ciências em seus
tempos concretos, dará vez para o ensino diversificado das diferentes ciências.
Assim, “brincando de História”, a criança acompanha o surgimento de tecnologias e descobertas como a escrita, o papel, as máquinas, refazendo o caminho do progresso da humanidade. Percebe então, que a linguagem, a escrita, o contar, as ciências e as máquinas não são descobertos ou inventados ao acaso, e sim como fruto de uma necessidade das pessoas. Por exemplo: Ao acompanhar o período de incubação dos ovos da pata, assinalando o correr dos dias até o nascimento dos filhotes, a criança verifica a necessidade de se contar e criar símbolos que representem as quantidades observadas. Surgem o amor e a gratidão à Ciência da Matemática quando a criança percebe sua fantástica utilidade. Assim, todo conhecimento parte do concreto, como uma base sólida para a construção do pensamento analítico.
O QUE É VIVIDO
NUNCA É ESQUECIDO
Conceda aos educandos alguma vivência relacionada com o tema aberto, nem que seja uma vivência abstrata, como por exemplo:
“…fechem os olhos e lembrem-se de como é sentir o vento em seus rostinhos, imaginem que estão sobre uma alta montanha e um grande
vendaval iniciou. Sintam o vento forte batendo em seus rostos e levando consigo os seus cabelos, que dançam livres e temerosos,…”
• “Chave”. A vivência abstrata acima citada pode ser “vivência chave” para uma aula de Geografia sobre classificação dos ventos, ou de Física sobre do que é constituído o vento.
• “Vivência imaginária”. Pode-se usar também uma vivência lúdica, que encanta através de um conto.
• “Empírico…concreto!”. O ideal é que as vivências sejam concretas nestes primeiros anos educacionais, visto que experiências abstratas demandam formação neurológica neocortical adiantada, ao passo que as concretas (ver, tocar, cheirar, degustar, ouvir) são de possível assimilação para todas as crianças, posto que relacionadas ao Cérebro Básico, que matura próximo aos seis anos.